terça-feira, 1 de junho de 2010

Memórias da Copa: 1950


A 10 dias do jogo África do Sul e México, o jogo de abertura da Copa 2010, vamos a um pequeno "especial" em 10 capitulos, cada um deles vai retratar algum momento da história das Copas, reservando capítulos especiais para os 5 títulos brasileiros e, como não é só de felicidade que se vive, algumas decepções como a Copa de 50, de 82 e 98.

E pra começar, vamos voltar 60 anos atrás. Na Copa do Mundo no Brasil em 1950. O episódio conhecido como "Maracanazzo". Chega a ser melancólico lembrar daquele fatídico episódio da história do Brasil em Mundiais, mas vamos começar do princípio.

A Copa de 1950 era disputada no Brasil. O Maracanã, que tinha sido erguido exatamente pra competição seria o palco da final. Final que levou mais de 199 mil pessoas ao Maior do Mundo (o que naquela época, era verdade). A formula de disputa era um pouco diferente e tivemos Brasil, Espanha, Uruguai e Suécia como finalistas.

Nessa fase, o Brasil estava absoluto. Vencera a Suécia na estreia por 7x1 e a Espanha por 6x1. Era franco favorito a conquista do seu primeiro título Mundial. O jogo final seria contra o Uruguai, o único que ainda tinha chances matemáticas de vencer. Empatara com a Espanha (2x2) e vencera a Suécia num suado 3x2. Tudo conspirava a favor da seleção de Zizinho, Ademir e Barbosa.

Chegava o dia: 16/07/1950 - Maracanã: 199.854 pessoas.
O Brasil precisava apenas de um empate e vencia por 1x0 até os 21 do segundo tempo. Quando o Uruguai empatou. Nada que estragasse a festa tupiniquim. Não poderia haver algo que teria o poder de estragar a festa. Não haveria algo que calaria o Maior do Mundo, com o maior público de sua história. Não haveria algo, mas alguém.

34 do segundo tempo, Ghiggia, atacante uruguaio, seria o responsável pelo silencio, pelo fim da festa. Aos 34 do segundo tempo, Ghiggia calaria o Maracanã. Que só voltaria a expressar emoção após o apito do ábitro encerrando o jogo. Mas a expressão era muito diferente. O silêncio sombrio e frio, transformou-se em choro compulsivo e lágrimas. Lágrimas que representaram o fim. O fim da maneira mais impensável e inacreditável possível. Uruguai 2x1 Brasil.

"Apenas três pessoas calaram o Maracanã: O Papa, Frank Sinatra e Ghiggia"
- Ghiggia, autor do gol do Uruguai na Copa de 50.

Essa frase resume tudo o que representou aquela vitóra para o Uruguai, para Ghiggia e mais ainda, o que aquela derrota representou para toda a Nação do Futebol. Uma dor que fica na memória daqueles que viram, e que ainda doi no coração de todos os Brasileiros.

Abraço.

58-62-70-94-02----Rumo ao Hexa, Brasil!

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