
Pela primeira vez desde 1978 haverá uma final entre duas seleções sem títulos mundiais. E pela primeira vez na história a Espanha chega a uma final de Copa do Mundo. E chega com todos os méritos possíveis.
Favorita desde o início da Copa, a única coisa que poderia parar a Espanha seria a crise crônica de amarelismo que atingia a Fúria. Mas dessa vez não teve nada que pôde parar a fúria de Villa, Xavi, Iniesta cia. Nem mesmo o belo futebol que vinha praticando a seleção alemã foi pareo para a constelação de craques comandados por Vicente del Bosque.

Não pode se dizer que foi uma surpresa a Espanha passar. Assim como não seria surpresa se a Alemanha passase. A surpresa ficou pela forma, digamos, recuada que a Alemanha jogou, quase ao ponto de ser covarde. Mas não creio que tenha sido isso. O ponto forte da Alemanha eram os contra-ataques em velocidade. Foi assim que goleou a Inglaterra e a Argentina.
A Espanha, porém, tem uma defesa muito bem postada e contou com Puyol numa noite inspiradíssima. Alem do gol da vitória, o zagueiro tirou tudo na defesa. A defesa inteira da Fúria foi muito bem. De fato, todo o time foi. Xavi foi simplesmente brilhante, Iniesta foi impecável, Villa não brilhou com gols, mas fez boas jogadas e levou azar quando quase marcou o seu numa das jogadas mais lindas da Copa. E o Pedro? E aquela arrancada na direita do garoto? Sensacional.

Com esse futebol arte, brilhante, eficiente e, o mais importante, sem amarelismo a Espanha chega a final da Copa. E por mais que a Holanda tenha sido tão boa quanto, não tem como não atribuir o favoritismo a seleção espanhola.
O que não significa que mereça mais do que a Laranja. Ambas fizeram belíssimas campanhas nessa Copa e chegaram de forma mais do que justa na final.
Que vença o melhor.
Corrigindo: que levante a taça o que menos errar.
Pois tanto Holanda quanto Espanha já entraram pra historia antes mesmo de entrarem em campo. Ambas são vencedoras e, se fosse possível, ambas deveriam vencer a Copa.
Abraço.
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